quinta-feira, 26 de julho de 2012



Sob adorável ramagem descansam ambos.
radha e Hari em ricas vestimentas.
Na noite outonal, o esplendor da lua cheia.

A escuridão a envolve, esguia e dourada,
Como trepadeira do raio que as nuvens
escurecendo abraçam em noite de tormenta.

Eles ostentam o escarlate e o açafrão,
Seus corações ardem em chamas,
O ar sopra docemente perfumado e fresco.



Sobre folhas e flores jazem os belos;
Ele fala a ela com os sons mais doces,
Ela o repele em jogo envergonhado.



Encantado, ele toca mais e mais
Seu peito, suas pérolas, seu rosto;
Com um tímido " ainda não" ela o contém.

Tão amável brinca o sublime;
Os braços de sua paixão são labaredas,
E a corrente de sua amor purifica o mundo.



Harivan (1522-15870)

domingo, 22 de julho de 2012

Presente de amante



Ela está perto de meu coração, tão linda quanto uma flor no jardim; é suave, como é o descanso para o meu corpo. O amor que lhe tenho é minha vida fluindo plena, como corre o riacho nas manhãs de outono, em sereno abandono. Minhas canções são únicas como meu amor, como é único o murmúrio de um rio que canta com todas suas ondas e correntes.


Na luz desta manhã de primavera, canta, poeta, daqueles que passam sem se deter, que vivem sorrindo sem olhar para trás, que florescem em uma hora de deleite sem sentido, e se entristecem num instante, sem pensar. Não fique calado, recitando o rosário de suas lágrimas e alegrias que passaram; não pare para colher as pétalas caídas das flores; não corra atrás do que é enganoso, por desconhecer o seu sentido. Deixe as coisas insignificantes de sua vida onde estão, para que a música surja de suas profundezas.


Durante a noite, no jardim, lhe ofereci o vinho espumante de minha juventude. Você bebeu, fechou os olhos e sorriu; e enquanto eu levantei seu véu, soltei suas tranças e deitei em meu peito seu rosto docemente silencioso; durante a noite, quando o sonho da lua embalava o seu sono. Agora, na calma refrescada do campo, você caminha em direção ao templo de Deus, banhada e vestida de branco, com uma cesta de flores na mão. Eu, à sombra da árvore, deito a cabeça; na calma refrescada do campo, junto ao caminho solitário do templo.


Rabindranath Tagore


A luz do sol me saúda sorrindo.
A chuva, sua irmã triste, me fala ao coração.



Tagore



A ilusão da sabedoria é como a névoa do amanhecer.


Rabindranath Tagore


O amanhã pertence a nós!
Ó Sol, levanta-te sobre os corações que sangram
E desabrocham como flores na manhã,
E também sobre o banquete do orgulho,
Ontem iluminado por tochas, e hoje reduzido a cinzas...



Rabindranath Tagore

sexta-feira, 20 de julho de 2012



A borboleta conta momentos e não meses, e tem tempo de sobra.


Tagore


Quando o dia cai, a noite o beija e lhe diz ao ouvido:
'Sou tua mãe a morte, e te hei de dar nova vida'.



Rabindranath Tagore


Como as gaivotas e as ondas se encontram, nos encontramos e nos unimos.
Vão-se as gaivotas voando, vão pairando sobre as ondas; e nós também vamos.



Rabindranath Tagore

Poema hindu do século VIII






Um colar rompeu quando brincavam dois namorados
Uma fileira de pérolas escapou
A sexta parte dessas pérolas ao solo caiu
A quinta parte na cama ficou
Um terço pela jovem se salvou
A décima parte o namorado recolheu
e com seis pérolas o colar ficou
Diga-me leitor,quantas pérolas tinha o colar dos namorados.


Se faço sombra em meu caminho, é porque há uma lâmpada em mim que ainda não foi acesa.


Rabindranath Tagore

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Os 4 objetivos da Vida



Segundo as crenças hinduístas, o homem veio a este mundo para cumprir 4 objetivos básicos:


1. Dharma: conjunto de regras ou normas que envolve ética, leis morais, é o caminho a ser seguido. 
2. Artha: conquistar a riqueza material e usufruir dela.
3. Kama: realizar desejos.
4. Moksha: libertação, ou abrir mão de tudo o que foi conquistado.


No conceito hindu, você deve conquistar estes 4 objetivos na vida, e o mais dificil é o ultimo, que é justamente libertar-se.
Na Índia, o Dharma está relacionado a casta "Qual a sua missão dentro da sua profissão?". Ou seja, o Dharma de um guerreiro é diferente do Dharma de um comerciante.
Artha e Kama fazem parte deste plano de existência, você precisa ter o necessário para viver.
E moksha é o caminho do aceta, a libertação. Este caminho não é para todos, depende do seu Dharma.
"É preciso ter para largar."



"Eduque um homem e prepararás um cidadão.
Eduque uma mulher e prepararás um família."
Sabedoria Hindu


"Isto é o sumo de toda justiça: Faças como queres que façam contigo.
Não faças a teu vizinho, o que não queres que façam a ti."



Provérbio hindu


"Os cântaros vazios são os que mais sonham."


Provérbio hindu

quinta-feira, 12 de julho de 2012



"Um livro aberto, é uma mente que fala; fechado, um amigo que espera;
esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora."



Provérbio hindu


"Quem ama faz um agulheiro no coração."


Provérbio hindu

As jóias e a sabedoria Hindu.



As jóias exercem uma verdadeira fascinação sobre as pessoas.
Se seu lado esotérico anda forte, dê uma olhada nestes conselhos registrados em um milenar texto hindu:

As pedras preciosas, arrancadas das entranhas da Terra, são pólos captores de forças pelo seu magnetismo natural, protegendo, desse modo, quem as usar. A pessoa mal intencionada, ao olhar para alguém que usa uma jóia de pedra preciosa, terá sua intenção imediatamente, desviada para a jóia, descarregando nela suas más intenções, inveja, ciúme e raiva.

As jóias devem ser bem visíveis e chamarem a atenção para si. Por captarem as forças negativas, devem ser periodicamente descarregadas dos maus fluidos e, ao mesmo tempo, recarregadas com as forças magnéticas da natureza. Para isso, devem ser colocadas diretamente em contato com a terra, pelo menos uma vez por ano, de preferência ao pé de uma roseira natural e, melhor ainda, em noite de lua cheia, aumentando sua magia e poder.

Uma pessoa nunca deve usar as jóias de outras, sob pena de receber as cargas negativas acumuladas na jóia, a não ser que elas tenham sido antes descarregadas.


"Que vê o cego ainda que lhe ponha uma lamparina na mão ?"


Provérbio hindu


"Até que um camelo não chega ante uma colina, imagina que não
existe nada tão grande quanto ele."



Provérbio hindu

quarta-feira, 11 de julho de 2012




O verdadeiro herói não alardeia seus feitos. Pois o fogo arde em silêncio e sem ruídos brilha o sol.

Provérbio indiano

"kallima limborgi"



A "kallima limborgi" é uma estranha borboleta que se parece com uma folha seca. Vive na Índia e na Malásia. Em caso de perigo refugia-se entre os arbustos e permanece imóvel, sendo quase impossível vê-la.


"As grandes almas são como as nuvens: recolhem para dar. "

Kālidāsa

Borboleta



Esta é a "cyrestis thiodamas", que pode ser encontrada nas zonas tropicais da Índia e da Nova Guiné. São borboletas delicadas, multicores e cintilantes, passando-nos a impressão de jóias aladas.

A ronda das estações - O inverno




A água dos tanques arrebata os homens ao sonho do
amor, a água límpida, transparente, sulcada de pássaros,
pontilhada  de ninféias azuis e vermelhas e de çaivalas verdes.

                                 XXXXXX
Ao amanhecer, com um espelho na mão, um ritus sobre a face,
uma jovem mulher acompanha sobre os róseos lábios os ferimentos
que lhe fizeram os dentes do amante, o cruel amante que lhe bebeu a
alma pela boca!
                                   XXXXXXX

Ah! Que esta estação, companheira do frio, seja propícia aos
teus desejos! Possa ela te arrebatar a alma das mulheres pelas
suas paisagens recobertas por espessas searas de arroz e pelo
canto dos pássaros que pousam sobre a neve!



Kālidāsa


A verdade é dura como o diamante e macia como a flor de pessegueiro.

~ Mahatma Gandhi

sábado, 7 de julho de 2012

Ayurveda



Ayurveda é o nome dado ao conhecimento médico desenvolvido na Índia há cerca de 7 mil anos, o que faz dela um dos mais antigos sistemas medicinais da humanidade.



Ayurveda significa, em sânscrito, ciência (veda) da vida (ayur). Continua a ser a medicina oficial na Índia e tem-se difundido por todo o mundo como uma técnica eficaz de medicina tradicional.


Namastê





Toda a criatura é um reflexo dos Dez Atributos Divinos: Apego, Bondade, Conhecimento, Entendimento, Esplendor, Harmonia, Perseverança, Realeza, Sabedoria, Severidade.
Namastê traz o Sagrado para dentro de cada ser humano, afirmando que Deus não está no céu, num templo ou mesmo na natureza.
Deus está em tudo, em cada um de nós e qualquer dissociação da imagem do divino da nossa é inútil.
Ao fazer o Namastê, afirmamos que todos somos filhos e partes do Sagrado, indissociáveis e iguais.

Línguas da Índia




As línguas faladas na Índia podem ser agrupadas em famílias lingüísticas, sendo a indo-européia, representada predominantemente pelo ramo indo-ariano, a maior em termos de número de falantes (mais de 700 milhões). Outras línguas da mesma família, mas de ramo diferente, estão também presentes na Índia, tais como o persa, o francês, o português e o inglês. A segunda maior é a família dravídica (cerca de 200 milhões de falantes). Minorias lingüísticas incluem as famílias austro-asiática (por volta de 10 milhões de falantes) e tibeto-birmanesa (cerca de 6 milhões). O caxemira, considerado uma língua dárdica, tem somente pouco mais de 4,5 milhões de falantes na Índia. Há ainda uma língua isolada, o naali.


O sânscrito e o tâmil são considerados oficialmente idiomas clássicos da Índia. Considera-se, entretanto, o sânscrito da gramático Panini como sânscrito clássico, em oposição à forma mais antiga da língua védica. Robert Caldwell, o primeiro lingüísta a estudar as línguas dravídicas em seu conjunto, usou o termo "clássico" para distinguir as formas literárias do canará, do tâmil, do malaiala, do télugo e do túlu de suas formas coloquiais.


Na Índia, não há o conceito de "língua nacional" única. As línguas oficiais são estabelecidas para cada estados. No entanto, o híndi, na escrita devanagari, é reconhecido como o idioma oficial do governo, mas é também permitido o uso do inglês para fins oficiais. A Constituição da Índia reconhece 22 línguas oficiais, faladas em diferentes partes do país. São elas:


Assamês
Bengali
Bodo
Dogri
Gujaráti
Híndi
Canará
Caxemira
Concani
Maitíli
Malaiala
Manipuri
Marata
Nepalês

Oriá
Punjabi
Sânscrito
Santali
Sindi
Tâmil
Télugo
Urdu

Jasmim



Há séculos o jasmim no Oriente é considerada como o símbolo da beleza e da tentação das mulheres. Na Índia, Kama, o deus do amor, chegava a suas vítimas por setas acompanhadas de flores de jasmim.



Organizar as palavras em uma determinada ordem
não é o mesmo que o equilíbrio interior:

Isso é poesia.

A verdade da poesia é a verdade do ser.
Ela é uma experiência da Verdade.
Nenhum ornamento sobrevive
quando derretido em um cadinho.
O fogo revela somente ouro derretido.

Tuka diz:
Estamos aqui para revelar.
Não desperdiçamos palavras.


Tukaram

sexta-feira, 6 de julho de 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Tigre-de-bengala



É o animal nacional da Índia e de Bangladesh. A população selvagem estimada desta subespécie é de 3000 a 4600 indivíduos, a maioria vivendo na Índia e em Bangladesh. No entanto muitos conservacionistas indianos, após algumas crises recentes como a de Sariska, duvidam de tal número, achando que ele é otimista demais. Eles acreditam que o verdadeiro número do tigre de Bengala na Índia possa ser menor que 2000, já que muitas das estatísticas são baseadas em identificação de pegadas, o que muitas vezes gera um resultado distorcido.  A gestação demora de 98 a 113 dias, e tem em média entre 1 a 6 filhos. É um animal solitário, unindo-se à fêmea apenas durante a época de acasalamento.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Shukra



Na astrologia védica indiana, Vénus é conhecido como Shukra, significando “claro, puro”, ou “brilho, clareza”, em sânscrito. Um dos nove Navagraha, considera-se que ele afeta a riqueza, o prazer e a reprodução; ele era o filho de Bhrgu, preceptor dos Daityas, e guru dos Asuras.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Krishna



Conhecidos como os deuses do amor e da devoção. O príncipe KRISHNA, que nasceu em MATHURA, e mais tarde tornou-se rei na cidade de DWARAKA, foi uma personalidade de muito influência no MAHABHARATA (o mais antigo texto sagrado da Índia), onde teve importância vital nos acontecimentos épicos que modificaram toda a história do Oriente. Ele sempre é visto tocando uma flauta, com a qual encanta todas as criaturas vivas. Alguns de seus nomes são GOVINDA, SYAMASUNDAR ou GOPALA - o protetor das vacas. Eles passaram toda a infância numa aldeia ao norte da Índia chamada BRINDAVAN, às margens do rio YAMUNA, aproximadamente cinco mil anos atrás. Essa aldeia ainda existe e muitas ruínas de templos e antigos palácios podem ser encontrados no local.

De acordo com as lendas, a beleza de KRISHNA é insuperável, encantando até mesmo inúmeros cupidos. Ele ficou conhecido por sua força invencível, sua enorme riqueza e por suas dezesseis mil cento e oito rainhas . Os ensinamentos de KRISHNA foram perpetuados no livro "BHAGAVAD GITA", que é considerado por todos os mestres como a essência do conhecimento Védico. Este livro retrata uma conversação entre KRISHNA e seu mais poderoso discípulo; o herói ARJUNA, o arqueiro supremo, na famosa batalha de KURUKSHETRA, RADHARANI e KRISHNA representam qualquer tipo de amor.

A lenda de Kalidasa



Segundo a lenda, Kalidasa foi um pastor ignorante que se apaixonou por uma princesa e que, por meio de um complô, conseguiu desposá-la. Para obter o perdão, ele suplicou à deusa Kali de receber o dom da inteligência, que lhe foi concedida, e se tornou assim o mais renomado poeta e dramaturgo da literatura sânscrita, tendo inspirado Lamartine e Goëthe. Na realidade, supõe-se que ele viveu no século V da nossa era no norte da Índia e era uma das "nove pérolas" (nove sábios) do corte do rei de Ujjayini.