domingo, 24 de junho de 2012

Kālidāsa





Segundo a tradição indiana, Kālidāsa era um brâhmane contemporâneo do rei Vikrama – Ādtya de Ujjayini por volta de 57 a.C. o qual teria protegido alguns literatos na sua corte. Embora seja incerta a data ou mesmo a era deste poderoso monarca protector das letras, situa no entanto a vida de Kālidāsa, havendo por isso limites entre 150 a.C. a 634 d.C. É portanto, no século I a.C., que a tradição coloca Kālidāsa.
Dos poemas líricos, destacam pela perfeição o Meghaduta e dos seus vários dramas, o mais célebre, Śakuntalā que alcançou grande popularidade tanto na literatura indiana, como na do ocidente. Kālidāsa é assim considerado uma luz no firmamento literário do mundo.
A riqueza da sua visão criadora, a sua percepção das belezas da natureza, aliada a uma melodiosa cadência métrica, é a combinação perfeita que colocam Śakuntalā, na vanguarda das obras líricas, pela suprema criatividade. Śakuntalā, a jóia indiana, em peça de teatro, começa por uma evocação à Divindade. Śakuntalā é o nome de uma jovem de 18 anos que foi criada na floresta, feliz no meio da natureza, educada por um sábio. O saber é expresso nos diversos estados de alma de cada personagem, em diálogos que demonstram a espontaneidade não só dos sentimentos, como de uma fraternidade que comove pela pureza, que ainda hoje grande parte da humanidade não atingiu. A mística e espiritualidade fluindo pela boca dos participantes revela a grandiosidade do pensamento e da vivência quotidiana, assente na profunda filosofia e religiosidade da Índia.

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