sábado, 23 de maio de 2009

Bindi

Churi




















Pulseiras indianas!

Sari























Tecido retangular que não pode ser cortado nem costurado, possui comprimento variando entre 4 e 8 m, sendo a largura mais comum a de 1,20 m.

A origem do Sari é tão velha como a civilização indiana. Há 5 mil anos, o algodão já existia na Índia e era transformado em tecido. Uma das mais antigas representações de uma mulher usando um Sari remonta a 100 anos Antes de Cristo, numa terracota do período Shunga (200-50 AC). Deidades religiosas são mostradas com Saris em diversas pinturas e esculturas. Exemplos significativos são as esculturas da civilização Greco-Gandhara Indiana (50 AC - 300 DC), representadas em diferentes estilos de drapeados. Entre os deuses, semi-deuses e mortais representados nos murais das Grutas de Ajanta (final do século 5), há duas representações de mulheres usando Saris cobrindo todo o corpo.

O Sari é usado com duas outras peças de roupa: a Ghaghra (anágua sem pregas, que ajuda a manter o Sari na cintura), usada sob o Sari, e o Choli (blusa curta, que cobre o busto). Pode-se usar um acessório (broche) para manter juntas as pregas do Sari na altura dos ombros. Mas, sem dúvida alguma, o uso do Sari é considerado incompleto sem o Bindi (pequeno círculo colorido usado entre as sombrancelhas) e as jóias, principalmente o Churi (Bangles - inúmeras pulseiras em cada braço). O Bindi vermelho é exclusivo das mulheres casadas, assim como as cores vivas: vermelho, laranja e amarelo. As mulheres solteiras usam cores mais suaves, como o azul ou o verde, sempre acompanhadas do Bindi, que as embelezam. Outra peculiaridade são os brincos colocados no nariz: os simples, apenas um botão, podem ser usados por todas as mulheres, mas os de argola, maiores, que são presos entre a cartilagem do nariz, são exclusivos das mulheres casadas.

Sindoor












Ele é um pó vermelho que as mulheres casadas aplicam na divisa do cabelo. Ele significa o desejo de longevidade ao marido. A primeira vez que o Sindoor e aplicado é durante a cerimônia de casamento e quem aplica é o marido.
O sindoor é preparado através de açafrão e mercúrio. Devido às propriedades do mercúrio acredita-se que o sindoor ajuda no controle da pressão alta e ativa a função sexual. Para um melhor resultado, o Sindoor deve ser aplicado acima da glândula pituitária, onde todos os sentimentos são centrados.
O sindoor não é aplicado em viúvas.

Bindi















O Sagrado Ponto bindi ou (também conhecido como Kumkum, mangalya, tilak, sindhoorentre vários outros nomes) é uma maquiagem utilizada na testa pelas mulheres indianas. O termo é derivado da palavra Bindu, que em Sânscrito significa ponto. Normalmente é um ponto vermelho feito com Vermilion (sulfato de mercúrio vermelho brilhante finamente pulverizado). Considerado o símbolo sagrado de Uma ou Parvati, o bindi simboliza a força feminina (shakti) é acredita-se que proteja as mulheres e seus maridos. Tradicionalmente um símbolo de casamento (por isso as viúvas não utilizavam), se tornou um item decorativo e hoje é utilizado por mulheres solteiras e também por mulheres de outras religiões. Atualmente não se restringe mais a cores e formas específicas, os bindis são vistos em várias cores e formatos e são feitos com adesivos e feltros.

Acredita-se ainda que as odaliscas usavam o Bindi porque acreditavam que esse Terceiro Olho ajudaria na sedução.

Tilak

Tilak em sânscrito significa marca. Existem diferentes formas e materiais de Tilak e diferentes significados.

Ele é aplicado no ponto onde se situa o terceiro olho ou o olho espiritual. Todas as ações humanas são governadas por esse ponto. Ele é normalmente aplicado antes de qualquer cerimonia hindu, por homens, mulheres e crianças. O tilak pode ser de pasta de sândalo, de kumkum (pó vermelho), de açafrão e de cinzas. Cada um tem um significado.

* Sandalo - calma, tranquilidade e pureza
* Kumkum - poder,vigor,dinamismo eestabilidade
* Açafrão - riqueza, fortuna, prosperidade e opulência
* Cinzas - devoção, dedicação, e cometimento

Os devotos de Shiva costumam usar Tilak de Cinzas e normalmente é feito em três linhas horizontais conhecidas como tripundra.

Os devotos de Vishnu costumam usar Tilak de pasta de sândalo e normalmente é feito em três linhas verticais.

Os devotos de Shakti (energia cósmica) costumam utilizar kumkum e e feito apenas uma linha vertical porem as vezes é utilizado apenas um ponto vermelho.

Após a aplicação do Tilak é comum a aplicação de grãos de arroz.





Photo: Meena Kadri.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Benzaiten
















 

Também conhecida como Benten, traz um instrumento semelhante ao bandolim.
. Origem hindu. Deusa Das Artes, da Música e da Água.

Daikokuten




















Representado com o rosto gordinho e trazendo um martelo e um grande saco nas costas.
Origem hindu.
Deus da Saúde.

domingo, 17 de maio de 2009

Literatura sagrada da Índia




















Veda significa em sânscrito "saber", sendo dos quatro Vedas conhecidos o mais famoso e antigo, o "Rig-Veda". As suas descrições referem-se somente à região do Penjab, precisamente a primeira região ocupada por estes invasores.

"Os Vedas, assim como toda a a literatura sagrada da Índia, estão redigidos em Sânscrito. É, claro está, um língua indoeuropeia, parente próxima do iraniano. Ainda se serviam dela nos primeiros séculos da nossa era. Língua sagrada e estudada por todos os indianos cultos, melhor não poderíamos fazer compreender o papel que ela desempenha nas Índias do que evocando o lugar que o latim tinha entre nós na Idade Média. O sãnscrito, idioma elegante e polido (samscrita significa "acabado", "feito" ou "refeito intencionalmente", opõe-se ao prácrito, língua vulgar ("prâkrita significa "natural").

Excerto de "O Budismo" de Henri Arvon, p. 15-16 Colecção Saber, PEA

Os Veda

























Os Veda contêm a visão religiosa do mundo. Estes, como os livros da Bíblia, constituem uma coleção bastante heterogênea, abrangendo livros didáticos, sapienciais e litúrgicos, misturados com histórias profanas, lendárias e autênticas. "Veda" quer dizer "conhecimento". Não um conhecimento de verdades teóricas, mas de ritos e hinos que produzem "brahman", ou seja, espécie de força que está nas origens de tudo para garantir a ordem cósmica, o poder dos deuses e o destino das pessoas.

Os Veda formam quatro grandes coleções:

* Rig-Veda (= Veda dos hinos), que parece ser a mais antiga, descreve o panteão védico (o conjunto das divindades), mostrando que os deuses estão divididos em classes, cada um controlando uma dimensão do universo: a atmosfera, o céu, a terra, etc.
* Mahabharata: um longo poema (200 mil versos) contando as lutas entre as tribos que povoavam as antigas regiões do rio Ganges.
* Bhagavad-Gita: representa o coração do hinduísmo e ensina a justa conduta do ser humano.
* Ramayana: um poema de 40 mil versos celebrando a conquista do sul da Índia.

Castas































De acordo com seu comportamento moral, as pessoas são agrupadas em conjuntos que ocupam lugares diferentes na sociedade. Segundo os brâmanes, as castas são quatro: os sacerdotes ou brâmanes, os dirigentes, os agricultores e comerciantes e os artesãos. Os párias (os intocáveis) são aqueles que, por ter tido um comportamento imoral, estão fora das castas. Sua única consolação é a de, eventualmente, poderem renascer dentro de uma casta superior numa segunda ou terceira existência.


Os chefes religiosos do hinduísmo são os brâmanes. Eles apresentam a Deus as oferendas que recebem dos fiéis - flores, comida, dinheiro - e depois as distribuem aos pobres, guardando uma parte para seu próprio sustento. O hinduísmo recomenda muito a esmola feita com generosidade.

Por criar discriminações entre as pessoas, a divisão em castas foi abolida pela Constituição indiana de 1950. Apesar disso, ela continua consolidada na mentalidade das pessoas.

Festas e rituais




















Todos os atos da vida de um hindu são revestidos de um caráter sagrado, estando ligados, portanto, a ritos precisos, públicos ou privados.

A prática mais comum é a oração, que se deve fazer pelo menos duas vezes ao dia, ao nascer e ao pôr-do-sol. Rezam-se ou cantam-se trechos dos Vedas. Flores e fogo são oferecidos à divindade que se quer honrar. Os muitos ritos que tradicionalmente acompanham essa oração variam segundo os diferentes deuses.

Os ritos e festas domésticos acompanham a vida do hindu desde a concepção até a morte, passando pela escolha do nome para o recém-nascido, o primeiro corte de cabelo, a iniciação religiosa, o casamento e o enterro.

As grandes festas são inúmeras (mais de quatrocentas ao ano) e também variam de acordo com as regiões e as divindades celebradas. Em geral, reúnem multidões. Entre as mais importantes se podem lembrar: a que celebra a primeira colheita de arroz e honra os animais domésticos, no Sul da Índia, em janeiro; a festa em homenagem a Siva, durante a qual os fiéis passam a noite no templo; e, também, a festa em honra de Krishna, que anuncia a chegada da primavera. Durante esta última festa, os fiéis se aspergem com poeira e água vermelha, simbolizando o sangue novo que deve correr nas veias.

Como as festas, são também numerosas as peregrinações aos lugares sagrados. Consistem na subida ou descida de rios, na escalada de montanhas ou, simplesmente, na visita a lugares sagrados. As margens do rio Ganges encontram-se muitos lugares de peregrinação.

A alma



















A alma (atman) é eterna, mas vive no corpo de pessoas ou animais. Ela, quando o corpo em que mora, morre, se torna livre e passa para outro corpo. A alma migra segundo do Karman de cada um, isto é, conforme as obras realizadas na vida anterior. Quem fez o bem, renasce num ser mais nobre; quem fez o mal, renasce numa pessoa pertencente a uma casta inferior ou no corpo de um animal, cada vez mais desprezível, até chegar aos insetos e aos répteis. Este ciclo acaba quando a alma, depois de sua total purificação, alcança a libertação definitiva. O caminho para conseguir este objetivo é a observância dos princípios morais indicados pelo hinduísmo.

Lugares santos























O rio Ganges e a cidade de Benares são as principais metas das peregrinações. O fiel hinduísta chega a enfrentar centenas de quilômetros para poder mergulhar, pelo menos uma vez, nas águas do rio sagrado. A grande esperança de todo mundo é poder morrer na beira do Ganges, para que a alma, purificada de todo o pecado, possa alcançar a libertação definitiva.

Animais sagrados

http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/foto/0,,17823141-EX,00.jpg

No hinduísmo existe um grande respeito pelos animais, sobretudo pela vaca, o macaco e a serpente. Estes animais são considerados sagrados, porque de preferência é neles que a divindade costuma se manifestar. A vaca também é sagrada porque representa o último estágio da alma no mundo, antes de atingir a divindade. Além disso, a vaca é consagrada à deusa do amor e é símbolo da maternidade.

MUDRAS - A BELEZA DAS MÃOS




Linguagem silenciosa...
Escute-se...
Meditação...
Cure-se....
Mudras
Conecção
Com a divindade,
Conversa com o corpo,
A palavra não dita,
A iluminação.
Mudras:a vida
Em tuas mãos.

Mudras
Na dança indiana...
Mantras
Em meu coração,
Minhas mãos contando
Histórias...Mudras:
A manifestação de Deus
No universo, a filosofia
Contida em gestos,
A vida em sintonia
E beleza, movimento e
Delicadeza...

Mudras...
Infinito amor...
Infinito poder
Em mim...
Em você...

Karla Bardanza

sábado, 16 de maio de 2009

Danças Indianas



























As técnicas e estilos de danças indianas variam de acordo com os costumes de cada região do país. , o Kathak, dança ritualística originária dos contos tradicionais do norte da Índia e composta por batidas nos pés, giros e expressões faciais marcantes. “Além dos gestos, a maquiagem expressiva, o colorido e o brilho do vestuário fazem com que as mulheres se percebam mais bonitas.

A dança clássica indiana é uma das mais antigas e há registros milenares sobre ela. Reúne música, teatro, escultura e poesia em suas apresentações.

Diz o mito que os princípios técnicos e estéticos da arte estão no Natya Shastra, escritura que teria sido composta pelo deus Brahma. Esse tratado conta com as posturas, os olhares, os gestos das mãos - chamados de mudras -, a forma de andar em cena, os movimentos do corpo e da cabeça, e as posições dos pés.